Neste segundo artigo sobre o processo da escritura apresentamos os valores envolvidos na transação da propriedade, para além do valor do bem em si.
A maior parte dos custos de transferência de propriedade cabe ao comprador. Enquanto novo proprietário terá de pagar as custas do processo e todos os impostos que um negócio imobiliário acarreta.
No meio de tudo, nem é no documento da escritura que gastará mais.
Existem diferenças consideráveis entre fazer a escritura de um imóvel para habitação e um imóvel para investimento. Neste artigo tratamos mais em pormenor as transações para habitação própria.
Caso adquira a propriedade através de empréstimo bancário, tem de pagar, em primeiro lugar, as despesas associadas ao crédito. Cada banco pratica valores diferentes pelo que é recomendado solicitar simulação em mais de uma instituição de crédito.
O pagamento do imposto de selo sobre o crédito varia entre 0.5% e 0.6% do valor do financiamento.
Existe outro imposto de selo que diz respeito a transação do imóvel. Normalmente pago no notário, o montante de 0.8% é calculado com base no valor total da propriedade incluindo o valor financiado e o valor da entrada.
O mais avultado imposto a pagar é o Imposto Municipal sobre Transmissões.
Mas calma. Nem sempre é necessário o pagamento do IMT. Estão isentos imóveis até 92.407,00€ em território continental e 115.509,00€ nas regiões autónomas.
A partir desses valores, a percentagem a pagar varia entre 2% e 6%.
A escritura em papel é o último dos principais custos da transação do imóvel. O valor pode variar um pouco, mas ronda os 700€.
Geralmente, estes são os custos que pode ter para escriturar o seu novo imóvel. A melhor opção para não ser surpreendido com outros valores a pagar na escritura, é esclarecer-se junto do seu Agente Imobiliário.